Jogadoras da Qlimax comentam cenário feminino de Point Blank

Jogadoras da Qlimax comentam cenário feminino de Point Blank

Drn e Taay, campeãs da Liga Tarantula, falaram sobre o título e o cenário

No fim de novembro, a Qlimax Pink sagrou-se campeã da primeira temporada da Liga Tarantula, competição exclusivamente feminina organizada pela Ongame. O campeonato faz parte do circuito do CNPB, com o time campeão garantindo vaga na divisão profissional da temporada seguinte. A campanha da Qlimax foi convincente, chegando à final sem perder um mapa sequer. Na decisão, venceu, por 2 a 1, a Victorious Girls, equipe que já havia vencido no segundo round dos playoffs.

A ótima temporada foi resultado de uma combinação de fatores: uma equipe forte, com experiência, muito treino e um cenário novo, recém formalizado. “Os times eram bastante inexperientes, não estavam acostumados com esse ritmo e lidar com a cobrança, pressão etc. Inclusive, para algumas meninas, era o primeiro campeonato”, afirma Paola “drn” Caroline. Ela ainda afirma que o time chegava a treinar mais de cinco horas por dia, entre treinos táticos e coletivos.

A organização dos times influenciou bastante no decorrer do campeonato, mas elas acreditam que a participação da Ongame nesse cenário tende a melhorar as coisas no futuro. “Antes não havia incentivo para as meninas, e assim elas não se preparavam. Porém, com esse incentivo, só tem a melhorar, foi a primeira edição e na próxima eu tenho certeza que as meninas irão arrasar e trazer jogos emocionantes”, afirma Taynah “Taay” Yukimi.

A Liga Tarantula recebeu algumas críticas da comunidade quando foi anunciada, mas agora que a competição acabou, os resultados são positivos, de acordo com as jogadoras. "No início, [a reação] foi negativa, pois é algo diferente e o público acreditou ser injusto as meninas terem essa oportunidade. Ainda mais com premiação alta”, explica Taynah. E, segundo Paola, a iniciativa da Ongame fez as meninas montarem times fixos, ao contrário do que acontecia antes, e participarem do cenário competitivo.

Elas também comentaram o preconceito que existe nos games com as meninas, algo que não é exclusividade do Point Blank. “O incentivo da Ongame foi muito bom, pois ajudou muitas meninas que tinham medo de ser discriminadas por preconceitos a dar um passo à frente para conquistar seus sonhos”, afirma Taynah, opinião reforçada por Paola: “como a maioria dos jogos online, PB é mais um que ainda sofre do preconceito com as meninas. A partir do momento que sabem que é do sexo feminino, já começam a menosprezar. ‘Uma Liga inteira destinada para elas?!’ Isso faz com que aceitem melhor, ajuda muito as garotas conquistarem seus espaços”, ela explica.

A audiência da Liga Tarantula é prova do sucesso da iniciativa. Com o tempo, o público foi aumentando e acompanhando cada vez mais, e as fan bases cresceram bastante - reconhecimento muito valorizado pelas jogadoras. “Meu público de fãs cresceu muito nesse período. E isso é gratificante, ser reconhecida pelo meu esforço”, diz Taynah.

“Depois que começou, as pessoas passaram a aceitar melhor, viram que podia dar muito certo, e foi o que aconteceu”, afirma Paola, que completa: “Muita gente assistiu os nossos jogos, nós recebíamos muitas mensagens de incentivo durante a competição. Com a CNPB Feminina finalizada, parte do público ainda nos apoia e acompanha. Ter o reconhecimento pelo seu jogo e seu esforço é muito gratificante”.

Agora, a Qlimax Pink vai se preparar para o CNPB Profissional, que ainda não tem data para começar. O desafio é maior, mas elas garantem que vão se preparar. “Só sabemos que nós iremos nos preparar da melhor forma. E independente do resultado será um novo aprendizado e sempre continuaremos na batalha para crescer”, explica Taynah.