Pré-WCG com KaBuM Digolera

Pré-WCG com KaBuM Digolera

 

Confira quais são as expectativas e como está a preparação da KaBuM para a WCG 2013.

Faltando seis dias para o início do torneio de League of Legends da World Cyber Games 2013 trazemos hoje uma entrevista especial com o jogador Rodrigo "Digolera" Haddad, AD Carrier da KaBuM e-Sports e que pela extinta Nex Impetus ficou na terceira colocação do Campeonato Brasileiro deste ano.

Sem fugirmos do velho e habitual ritual de apresentação, se apresente para quem ainda não o conhece falando um pouco sobre sua carreira gamer e quem é o “verdadeiro” Rodrigo Haddad. 

KaBuM Digolera: Prazer, meu nome é Rodrigo Haddad e no jogo meu nick é KaBuM Digo EVGA. Tenho 20 anos e atuo como AD Carrier da KaBuM eSports. Desde o começo, quando eu era pequeno, fui fascinado por games em geral. Quando tive meu primeiro notebook eu passava a maior parte do tempo na frente dele, jogando. Naquela época, onde o Nintendo 64 era destaque, eu competia com meus amigos no Mario Kart e sempre quis ser o melhor. Desde então, comecei a levar um pouco mais a sério os jogos do estilo RPG/MOBA. O que mais me surpreendeu nesse tipo de jogo é a estratégia e a mecânica que cada jogador tem que desenvolver e isso me prendeu muito a esses tipos de games. Comecei a jogar League of Legends quando ainda fazia faculdade. Fui apresentado ao jogo pelos meus amigos quando ele estava no beta teste. Quando cheguei em casa para experimentar foram os melhores três dias da minha vida. Eu não conseguia parar de jogar.

Ainda como Nex Impetus vocês disputaram o Campeonato Brasileiro de League of Legends deste ano. Nesse torneio vocês fizeram uma campanha espetacular, onde bateram a Keyd Team ainda na fase de grupos e conquistaram a medalha de bronze junto com a extinta divisão da RMA E-sports. Graças a esse feito e também a outras boas campanhas em torneios posteriores ao nacional, a sua equipe ganhou uma grande projeção em nosso cenário e hoje é considerada como uma quatro maiores potências do League of Legends brasileiro. Porém, desde a conquista da WCG Brasil, que foi considerado por muitos como o ápice da trajetória de vocês, a KaBuM caiu um pouco de produção e nos últimos três torneios após o classificatório não apresentou o estilo de jogo que todos já haviam se habituado. Por que isso aconteceu? Vocês resolveram deixar um pouco de lado os outros torneios para focar totalmente na WCG 2013 e trazer o primeiro título mundial para o nosso cenário?

KaBuM Digolera: Minha ida à Riot na Califórnia pesou muito nos treinamentos da equipe já que eles tiveram que se adaptar a um estilo de outro AD Carrier, o Haelz, e me perderam como Shot Caller. Querendo ou não, isso foi um fator crucial para as nossas derrotas. Ficamos uma semana sem treinar e tínhamos BGS e BGL pela frente. Não tiro o mérito das outras equipes, mas essa sequência de campeonatos e minha ausência nos treinos, dificultou nossa sincronia em determinado momento. Mesmo a gente já tendo em mente que iríamos representar o Brasil na China, entramos para ganhar em todos os campeonatos. Até porquê, esses campeonatos serviram como treinamento para a WCG. 

 

Digolera e sua equipe na disputa do Desafio Internacional. // Foto: KaBuM eSports 

Para a próxima temporada nossas equipes vivem a expectativa de nós ganharmos a nossa própria LCS. Porém, o Rioter Bruno “Bagaço” Vasone, em uma de suas entrevistas, disse que a criação dessa liga pode não acontecer em 2014 já que nosso cenário ainda precisa melhorar em alguns aspectos. Ao seu ver, as nossas equipes estão preparadas para esse desafio; de disputar uma grande liga? E se o torneio não vier nessa quarta temporada, o que você acha que poderia ser feito para suprir isso?

KaBuM Digolera: Não acho que estamos preparados não. Hoje existem, no máximo, cinco equipes que tem reais condições de disputar contra os latino americanos. Ainda falta o nosso cenário crescer, um dos problemas é a troca de time constante de jogadores e a entrada e saída de organizações. Hoje é muito difícil você achar uma organização apta a investir em você, as que disponibilizam isso já tem equipes (paiN, CNB, Keyd e KaBuM) e o restante das organizações pedem coisas surreais aos seus jogadores e querem retornos da noite pro dia, além de não fornecerem nada e ganharem um marketing de graça. Falta o Brasil se profissionalizar no eSport. Esse ano tivemos uma quantidade alta de campeonatos presenciais, para a Riot suprir essa falta de LCS, seria interessante terem mais desafios internacionais e continuarem com os campeonatos atuais. A estrutura do CBLoL e da BGS foram muito boas. 

Muito recentemente você foi convidado pela Riot Games para ir aos Estados Unidos e lá, nos domínios da desenvolvedora, testar as novidades que o jogo irá ganhar para a próxima temporada. Diante de tudo o que você viu nesses testes, quais mudanças mais chamaram a sua atenção e o que, na sua opinião, as equipes precisão fazer para não ficarem “outmeta” na Season 4?

KaBuM Digolera: O que mais me chamou a atenção foi o controle de mapa e como os suportes irão jogar daqui para a frente.  As equipes vão ter que se acostumar a posicionar wards estratégicas e lidar com os novos golds globais de objetivos. É bem complicado falar de muita coisa agora, a Riot não deixou divulgar informações e muita coisa que testei pode ser retirada ou modificada.

E você acha que por essa sua experiência, de ter testado as coisas novas antes dos outros jogadores brasileiros, a KaBuM poderá largar na frente de seus adversários na próxima temporada?

KaBuM Digolera: Tudo que eu aprendi lá, estou passando aos meus companheiros. Mas nossas equipes se adaptam rápido ao meta. Eu já estarei acostumado com algumas coisas implementadas, mas isso não quer dizer que iremos largar na frente das outras equipes.

Ainda com cabelo grande, no título da WCG Brasil 2013.

No final de Outubro a sua equipe disputou o primeiro torneio internacional organizado pela Riot Brasil. No Desafio Internacional, a KaBuM teve a oportunidade de enfrentar outras equipes sul-americanas, algumas destas que também disputarão a WCG 2013. Apesar do contato com tais equipes ter sido breve, já que o torneio contou com poucas partidas, como você analisa os outros representantes sul-americanos? E fazendo uma comparação entre as regiões, eles estão muito atrás da nossa?

KaBuM Digolera: Tem algumas equipes muito boas, posso citar a Isurus que surpreendeu a todos. Eles estão atrás da gente devido que lá existem poucas equipes no cenário e ainda é novidade. Acredito que na S4 e no fim dela, eles já comecem a causar maiores problemas.

Dentro de duas semanas vocês estarão disputando a final mundial da World Cyber Games e se tornarão a segunda equipe brasileira de League of Legends a ter a oportunidade de representar o Brasil em um grande evento mundial. Como está a preparação da equipe e quais são as expectativas de vocês para o torneio?

KaBuM Digolera: A preparação é de treino o dia inteiro, assistir replays dos nosso adversários, discutir estratégia e descansar sempre que possível. Nossas expectativas são as melhores, queremos subir ao pódio e trazer a medalha pra casa.

A paiN Gaming, a primeira equipes a nos representar lá fora, em ambos os torneios que disputou, a Intel Extreme Masters e o International Wildcard, realizou pequenos bootcamps, com destaque para o último onde Kami & Cia. puderam treinar contra times que vinham disputando a LCS Europa. Vocês pretendem fazer o mesmo, realizar um bootcamp lá China?

KaBuM Digolera: Não iremos fazer bootcamp, estamos treinando contra equipes brasileiras e latinas.

O comitê organizador do campeonato já divulgou as chaves do torneio. Vocês cairam no Grupo A e terão como seus primeiros adversários três times do cenário asiático e um da Oceania, entre eles o CJ Entus Blaze, um dos principais nomes da Coréia do Sul Como vocês analisaram esse grupo? E além da CJ Entus, qual outra equipe pode atrapalhar vocês na caminhada rumo aos playoffs?

KaBuM Digolera: O grupo é bem difícil, estamos treinando bastante para passarmos de fase, mas acredito que todas as equipes são fortes e tem totais condições de passar para a próxima etapa do torneio.

E com relação aos outros grupos, ao torneio no geral? Quais são as outras equipes que, na opinião de vocês, serão a “pedra no sapato” da KaBuM? Você acha que dá para a sua equipe alcançar o pódio logo no primeiro grande torneio internacional de vocês?

KaBuM Digolera: Todas as equipes são fortes, não é atoa que estão na WCG. Foram escolhidos os melhores de cada país e isso acarreta em termos um torneio bastante disputado. Sim, acho que podemos alcançar o pódio, estamos treinando para isso. Esperamos trazer felicidades a nosso povo brasileiro.

Para finalizarmos, agradeço pela oportunidade e deixo esse espaço para vocês!

KaBuM Digolera: Queria agradecer a nossa torcida, ao meu time, a KaBuM por nos dar uma estrutura excelente, aos nossos patrocinadores: NVIDIA, EVGA, SteelSeries e Philips. Agradecer ao meu manager pessoal getez0r que sempre está me ajudando e convidar a todos para torcerem por nós na WCG.

Top Solo   Pedro "LEP" Marcari STREAM
Jungler   Bruno "bit" Fukuda STREAM
Mid Laner   Thiago "TinOwns" Sartori STREAM
AD Carrier   Rodrigo "Digolera" Haddad STREAM
Suporte   Daniel "dans" Dias STREAM 

Comentários

  • #1 · pei brtêtê erexis erexis

    · 23/11/2013 - 00:17

    -1

    Dúvido muito pegarem pódio porem bs guys ! Se chegarem aos playoffs ja sera um grande feito , pois o grupo de voces esta bem forte . Se ganhar da CJ Entus então . bsbs

  • #2 · skp0

    · 23/11/2013 - 00:30

    0

    duvido muito passarem dos grupos ...

  • #3 · Mr. Nobody

    · 23/11/2013 - 01:41

    +6

    Maroto foi o bit que pulou fora do CS quando viu que to barco tava afundando, correu pro LoL e agora ta indo pra China dnv, riariaria

  • #4 · dan:

    · 23/11/2013 - 14:21

    0

    Torço tanto pra kabum, mas pelos jogos que teve aqui no BR acho que não vão conseguir um bom resultado.

    glhf