por Gabriel Melo
11, Jul - 2014

Entrevista com INTZ Djokovic

Jungler e capitão do antigo Team UNITED revela que sua equipe estuda fazer algo envolvendo estrangeiros.

Na próxima semana o nosso cenário volta a ficar com aquele clima tenso. Isso por que durante os dias 19 e 20 de Julho as oito melhores equipes do país começam a brigar pelo título de Campeão Brasileiro e também a oportunidade de representar o Brasil em mais uma edição do Torneio das Novas Regiões, uma das etapas classificatórias para o mundial da quarta temporada.

Iniciamos hoje a nossa série de entrevistas com Thiago "Djokovic" Maia, Jungler e Capitão do INTZ, A equipe tem como base o antigo Team UNITED, uma das participantes da Liga Brasileira e que acabou em sexto lugar. Na conversa que teve com a TEAMPLAY, o jogador revelou que o seu time estuda fazer algo envolvendo estrangeiros, assim como fizeram nesses últimos meses a Keyd Team, paiN Gaming e Empire e-Sports.

Apesar de você ser um jogador que está presente no cenário há um pouco mais de um ano, o regional será o seu primeiro grande evento nacional. Quais são suas expectativas para o torneio e você teme em sentir a pressão de jogar na frente de milhares de pessoas?

INTZ Djokovic: Eu já joguei alguns presenciais menores, mas jogo bem sob pressão e consigo passar essa tranquilidade para os outros jogadores. Acho que por ser mais velho (23 anos) que a média dos jogadores, já vivi coisas similares e acredito que não vou me abalar.

Nessas últimas semanas a sua equipe passou por um turbilhão de mudanças. Hoje vocês defendem o INTZ e a formação não é a mesma que, pelo Team UNITED, ficou em sexto na Liga Brasileira. Como você analisa essa line-up com relação a anterior e o que, para você, ela apresentará de diferente para poder ir longe no torneio?

INTZ Djokovic: O desempenho na Liga Brasileira foi meteórico, com bons resultados em Porto Alegre (momento no qual eu já era coach da equipe) mas com performances muito abaixo da média depois disso. Analisando replays e comunicação, ficou claro que faltava no time liderança e voz de comando já que os jogadores, apesar de comunicativos, não conseguiam realizar rotações e controlar objetivos de maneira satisfatória. A partir disso, somado a motivos pessoais, houve a saída de três jogadores e a minha entrada como jungler, juntamente com Tockers e Yang. No início, nos preocupamos com a falta de entrosamento, mas hoje já somos um time bem unido. Por fim, com certeza a estrutura fornecida pela INTZ, somada ao foco de todos os jogadores, é o diferencial para a nova line up.

Os participantes do regional tiveram um mês de preparação, com a vigésima edição do Torneio dos Legends sendo usada como teste final para o torneio. O INTZ já está preparado para o evento? Como foi esse período de treinos e qual é o foco de vocês para esses últimos dias?

INTZ Djokovic: Estamos bem preparados para o evento, treinamos intensamente tanto individualmente como em time. O foco está sendo a comunicação e entrosamento, possibilitando rotações e boas lutas em equipe.

O primeiro grande desafio de vocês será contra a paiN Gaming, atual campeã brasileira e vice da liga. Como você e seus companheiros estão encarando essa partida?

INTZ Djokovic: Sabemos da grande qualidade da atual equipe da paiN para o campeonato. Mesmo assim, vamos dar o nosso melhor e mostrar o valor do nosso empenho e dedicação.

No ano passado, pela ActioN, você conseguiu desbcancar o CNB e-Sports na WCG Brasil, ao vencê-los por duas vezes. Questionado na época, você disse que a sua antiga equipe preparou uma estratégia especial para Takeshi & cia. Essa mesma tática será utilizada para esse confronto? E estudando a paiN, vocês conseguiram estabelecer quais são os pontos fracos deles?

INTZ Djokovic: Naquela época, o estilo de jogo da CNB era bem diferente do atual. Eles eram mais agressivos. Após a entrada do Revolta muita coisa mudou, inclusive os campeões pickados. Então a mesma estratégia não é mais válida. No entanto, estudamos bastante a paiN e já temos uma boa ideia do melhor draft e estratégia para encará-los.

O nosso cenário vem degustando de coisas novas nesse ano, como a chegada de torneios em formatos de ligas e jogadores estrangeiros para defender as nossas equipes. O competitivo brasileiro já está no “ponto” ou ainda precisa de melhorias? Se precisa, quais?

INTZ Djokovic: Acredito que esse ano foi somente o pontapé inicial, onde o e-sports começa a verdadeiramente ser reconhecido pela sociedade. Quanto mais o cenário evolui e fica mais sério, maior será sua qualidade. Mas os pontos onde ele precisa se desenvolver são dois: a estabilidade das equipes e a presença de apoio e patrocinadores.

Com uma de suas matérias, o portal do CNB e-Sports trouxe à tona uma discussão sobre a vinda dos jogadores estrangeiros, o quanto ela é benéfica para o nosso cenário. Podemos dizer que essa tática, de contratar jogadores de fora, seria um catalizador na ascensão do nosso competitivo a uma vaga para o mundial? Qual é a sua opinião sobre o assunto?

INTZ Djokovic: Realmente, a chegada de jogadores estrangeiros não só aumenta a qualidade da equipe, como potencializa os treinos e agrega grande experiência, catapultando o cenário como um todo para níveis maiores. Por isso, a INTZ também estuda algo parecido, em breve.

Para finalizarmos, eu gostaria de agradecer pela oportunidade em entrevista-lo e deixar esse espaço reservado para você.

INTZ Djokovic: Obrigado pela oportunidade. Agradeço também a todos que torcem pela INTZ, principalmente minha namoroda Lih. A toda a organização (MDS, Rogério, Luan, Lucas e Gabriel) e a nossos patrocinadores (especialmente a SteelSeries Brasil). Faremos tudo para honrar toda a confiança na equipe!

Imagens cedidas pelo INTZ


Top Laner	Felipe "Yang" Zhao	STREAM
Jungler	Thiago "Djokovic" Maia	STREAM
Mid Laner	Gabriel "Tockers" Claumann
AD Carry	Micael "micaO" Rodrigues	STREAM	TWITTER
Support	Luan "Jockster" Cardoso