Entrevista com CNB Revolta

Entrevista com CNB Revolta

 

Saiba quais são as expectativas do jogador e do CNB e-Sports Club para a disputa da BGL Arena #3.

O Jungler, Gabriel Henud, mais conhecido como Revolta e que defende hoje o CNB e-Sports Club, é o terceiro jogador que entrevistamos para a nossa série especial sobre a terceira edição da BGL Arena de League of Legends, torneio que será realizado neste final de semana.

Ainda atuando pela Keyd Team, o Jungler foi campeão da BGL Arena #2. Logo depois ele chegou a dizer que estava se aposentando do competitivo mas isso não acabou acontecendo. Hoje Revolta veste a camisa do CNB e-Sports Club, equipe que no ano passado conquistou o Desafio International de São Paulo, considerado como a Copa Sul-Americana de LoL, e que foi duas vezes vice-campeã da BGL Arena.

 

Para começarmos nossa entrevista com o pé direito, por favor se apresente para aqueles que ainda não o conhecem, falando um pouco sobre sua carreira como gamer e também sua vida “offline”.

CNB Revolta: Olá. Meu nome é Gabriel Henud, sou mais conhecido como Revolta, tenho 18 anos e vim do Rio de Janeiro. Jogo League of Legends desde o Beta, mas entrei no competitivo realmente no final de 2012.

No final do ano passado, pouco tempo depois de conquistar a segunda edição da BGL Arena atuando pela Keyd Team, você surpreendeu a todos anunciando que estava se aposentando do competitivo. O que não acabou acontecendo já mais alguns dias depois você acabou divulgando o seu retorno. Hoje você defende outra grande equipe, o CNB e-Sports, atual campeão sul-americana de League of Legends. Nas suas duas semanas de “férias” o que te motivou a voltar e não “pendurar o mouse”? E o que foi decisivo para essa sua transferência? Será um recomeço do Revolta no CNB?

CNB Revolta: A decisão de continuar jogando foi basicamente tomada numa longa conversa que eu tive com o Snowlz, em que foi colocado em questão coisas da minha vida pessoal e profissional que fizeram com que eu tomasse a decisão de parar. E após essa conversa decidi continuar jogando. Eu sempre mantive contato com o pessoal do CNB, sempre foram todos meus amigos, mas sempre fui muito próximo do Takeshi, com quem eu ia duo diversas vezes mesmo quando estava na Keyd. Depois de tomar a decisão de que eu sairía da Keyd, fui conversar com o tksh e ele disse que tinha interesse na minha contratacao e levou pro resto do CNB, que aprovou a ideia e entao eu fui efetivado.

Quem entrou no seu lugar na Keyd foi o jogador sul-coreano Park “Winged” Tae Jin, ex-NaJin Black Sword. Ele traz consigo um estilo de jogo o qual os nossos jogadores não estão habituados. Na sua opinião, com a vinda deles (Winged e SuNo), os Mid Laners e Junglers brasileiros que os enfrentarem evoluirão tendo em vista que jogarão contra um estilo/mindgame de fora, daquela que é considerada hoje como a região a ser batida no jogo?

CNB Revolta: Tanto o Winged quanto o SuNo são jogadores extremamente bons, tanto mecanicamente quanto em questoes de conhecimento. Eles já ajudaram tanto os Junglers quanto os Mid Laners a evoluirem e tenho certeza que tem muito a mostrar para nos ainda. Porém, nao acho que os dois sejam um bicho de sete cabeças. Eles cometem erros e tomam decisoes erradas, mas a experiência deles faz com que eles façam isso menos que os jogadores brasileiros. Fora o fato de que eles se dedicam muito, acho que essa é a maior lição que nós temos que levar: a dedicação leva ao sucesso.

Logo após a disputa do Desafio Global de São Paulo, as principais equipes do Brasil realizaram modificações em suas respectivas formações. Você acha que isso atrapalhará na evolução do cenário. já que todas agora terão que passar, novamente, por aquele árduo processo de entrosamento. ou não? Como você analisa o estado atual do nosso competitivo?

CNB Revolta: Bom, acho que todas as mudanças que ocorreram foram positivas para o cenário. Foi bom pelo fato de que agora todos os times estão mais fortes e já estão praticamente bem entrosados pelo fato de todos estarem na Gaming House juntos desde que ocorreram as mudanças. Acho que o cenário tende a evoluir positivamente, tanto em questão de nível quanto em questões de mercado.

Hoje, as filas ranqueadas brasileiras são alvos de intensas discussões pelo simples fato delas não serem levadas a sério como acontece nos principais pólos do jogo. Por que isso acontece? Para você, se o quadro fosse o contrário, o Brasil poderia ter uma gama maior de equipes de alto nível?

CNB Revolta: Eu gosto de pensar que as filas ranqueadas tem que ser sim levadas a sério para que você possa ter uma evolução individual. A evolução individual é o primeiro passo para um time olhar para você. E se você tem uma skill elevada em solo queue e está determinado a aprender a teoria com algum time, você será mais visto do que os outros por se destacar mais nas filas ranqueadas.

CNB e-Sports já reunido em sua gaming house.

Ainda falando sobre as filas ranqueadas, é bastante comum presenciarmos hoje jogadores latinos jogando no nosso servidor. Nos dois campeonatos que tivemos a oportunidade de jogar contra eles, o Desafio Internacional e também a IEM 2014, o Brasil conseguiu se sobressair com 14 vitórias e 6 seis derrotas ao todo. Você acha que com essa “invasão” e com os constantes treinos, tantos individuais (SoloQ) como também em equipes, eles podem aprender a jogar contra nós e, num futuro próximo, destronar os nossos times em um grande evento?

CNB Revolta: Acho que isso pode acontecer com todas as regiões. Se o NA comecasse a jogar no EU (se fosse possível), eventualmente os times iriam se conhecer mais, se estudar mais e possivelmente haver uma disputa maior pelo "trono". No caso especifico dos times latinos, eles tem menos tempo de experiência que nós, então acredito que jogar contra nós é sim bom para eles, pelo fato de eles verem novas estrategias e outro estilo de jogo.

Dentro de alguns dias vocês estarão disputando, dentro da Arena X5 SBG, a terceira edição da BGL Arena. Nele você estreará pelo CNB e, de certa forma, estará “defendendo” também o título. Como está a rotina de treinos da equipe? E quais são as suas e também as expectativas do CNB ara esse torneio?

CNB Revolta: Chegamos recentemente a Gaming House, então os treinos estao sendo bem intensos. Apesar de termos pouco tempo vamos dar nosso melhor. Sinceramente não estamos esperando grandes resultados dessa BGL Arena, acredito que nossos resultados venham vir um pouco mais tarde, por conta de todos os atrasos que tivemos. Chegamos bem tarde na Gaming House, basicamente 5 dias antes do campeonato enquanto todos os outros times já estavam em suas respectivas casas e também pelo fator esA, que ficou conosco durante um mês e depois tivemos que reacostumar com o Mana.

Não muito longe daqui, as equipes latinas já começaram a disputar as etapas classificatórias para o grande campeonato que será realizado para esta região, a Copa Latino Americana. Alguns países, como Argentina, Chile, Colombia e México, ganharam suas próprias ligas nacionais online que por conta do formato se assemelham bastante com a LCS. Já as outras equipes disputam o Circuito de Leyendas, torneios semanais nos moldes da Go4LoL mas com uma grande premiação em dinheiro. A Riot Brasil ainda não divulgou nenhuma informações sobre a nossa temporada competitiva. O que você espera para este ano? Acha que já teremos uma liga, mesmo que seja online, ou apenas um grande evento como foi o CBLoL ano passado?

CNB Revolta: Acredito que veremos grandes eventos sim, a Riot está investindo pesado nisso tudo. Acho interessante termos uma Liga sim, além da que a BGL anunciou. Isso ajudaria muito a aumentar o nivel de todos os times brasileiros e deixaria a coisa muito mais séria tanto para os grandes times, quanto para os menores.

Revolta e seus novos companheiros de equipe.

E quais são as expectativas do CNB para essa temporada?

CNB Revolta: Bom. Sempre esperamos o melhor, mostrar resultados, ganhar campeonatos, ter um bom marketing e coisas do tipo. E acho que vamos conseguir mostrar todo nosso potencial. Nesse início de temporada estamos um pouco atrás dos outros times pelos fatores que citei acima, mas acredito que ainda temos muito a mostrar.

Ano passado, no Dota2, nós vimos duas grandes equipes, o Natus Vincere e a Alliance, realizando um bootcamp pela Ásia com o intuito de aprender a jogar contra os times chineses, que são os mais temidos nessa modalidade.Como resultado a dupla conquistou um torneio cada lá e também ficaram nas posições mais altas do The International 2013. No LoL, hoje, o cenário a ser batido é o sul-coreano. Você acha que se uma equipe, até mesmo do Brasil, ficasse uma temporada inteira jogando na Coreia, chegando a disputar até uma edição da OGN, ela estaria apta a destronar as equipes coreanas?

CNB Revolta: Acredito que sim. Todos os jogadores tem capacidade de evoluir até um ponto que eles mesmos determinam. Se eles se determinarem, se dedicarem e levarem a sério a ponto de quererem evoluir a nível coreano, acredito sim que eles consigam bons resultados fora do país.

Para terminamos, gostaria de agradecer pela oportunidade, desejar boa sorte a sua equipe no torneio e deixar esse espaço para você!

CNB Revolta: Obrigado a TEAMPLAY pela oportunidade da entrevista. Gostaria de agradecer a todos os meus fans que me apoiam muito e a todos os fans do CNB também. Agradecer a todos os patrocinadores, HyperX, Philips, NVIDIA, CoolerMaster e X5 Computadores.

Top Laner     Whesley "Leko" Holler     STREAM
Jungler     Gabriel "Revolta" Henud     STREAM
Mid Laner     Murilo "Takeshi" Alves     STREAM
AD Carrier     André "manajj" Rocha     STREAM
Suporte     Leonardo "Alocs" Belo     STREAM

A TEAMPLAY agradece ao jogador pela entrevista e deseja boa sorte ao CNB e-Sports no torneio!