INTZ campeã: paciência e Revolta
Esses são os elementos-chave para o sucesso da INTZ
por Alexandre Wolf*
Já fazia tempo que o grito estava preso. Desde 2015, a INTZ esteve entre as protagonistas do cenário brasileiro de League of Legends. No primeiro split do CBLOL 2015, a equipe foi campeã perdendo apenas dois mapas durante todo o torneio (ambos em empates na fase inicial, contra Keyd Stars e Pain Gaming). Nos playoffs, dois 3-0, contra as mesmas equipes, não deixaram dúvidas de quão dominantes aqueles jogadores eram juntos.
O mercado e derrotas frustrantes em torneios internacionais, entretanto, fizeram algumas peças mudarem. Revolta saiu, Alocs e Loop entraram e, com eles, a INTZ continuava vencendo e chegando às finais. Mas faltava o título, a chance de disputar o tão sonhado Mundial no fim da temporada, de provar que eles mereciam essa chance. De provar que o destino seria justo.
Depois dessa final, ficou claro que o jogador da selva da INTZ é aquele elemento que transforma ótimos jogadores em uma equipe implacável. Até porque o núcleo do time, na prática, sempre foi o mesmo. Yang, Tockers, Micao e Jockster sempre estiveram juntos (apesar de uma breve passagem de Jockster pela extinta equipe-irmã).
A crença no potencial desses jogadores é o que fez a INTZ chegar onde está. Em vez de trocar jogadores pela simples mudança - como fazem outras equipes -, identificar os erros, manter os jogadores importantes e trazer os essenciais foram as decisões que garantiram que a organização fosse, em 2016, campeã de tudo no Brasil. Não é à toa que, com Yang, Revolta, Tockers, Micao e Jockster, o time nunca perdeu uma série eliminatória contra times brasileiros.
Depois de bater na trave ano passado (sem Revolta), a INTZ, finalmente, conseguiu vencer o segundo split da temporada. Mais do que justo, o destino ainda deu uma ajuda: o International Wild Card será no Brasil. Será que dessa vez, com o apoio da torcida, a INTZ consegue passar pela primeira vez da qualificatória de um campeonato internacional?
*O texto acima é uma coluna e expressa a opinião de seu autor, que não é, necessariamente, a mesma da TeamPlay
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