Pré-WCG com Keyd Loop

Pré-WCG com Keyd Loop

Confira quais são as expectativas e como foi a preparação da Keyd para a WCG 2013. 

Faltando apenas três dias para a grande final do torneio de League of Legends da World Cyber Games Brasil 2013, trazemos hoje a nossa primeira entrevista para o evento. Logo abaixo, vocês poderão ler um bate-papo que tivemos com Caio "Loop" Almeida, o atual AD Carrier da Keyd Team e que ainda atuando pela extinta vTi Nox foi campeão do GeForce GTX Invitational e vice no CBLoL 2012.

Deixando de lado as apresentações, vamos para aquilo que todos querem saber; desde a saída de Haelz, a Keyd Team vem com um jogador a menos em sua line-up titular. Nos últimos torneios, as etapas classificatórias para a WCG e BGS, respectivamente, a sua equipe vem utilizando o Coach, Holly, como Suporte. Ele será efetivado ou vocês ainda estão a procura de um quinto player?

Keyd Loop: Sim, ainda estamos na procura de um player definitivo. Enquanto isso, nós estamos e continuaremos utilizando o Holly como um complemento.

O Campeonato Brasileiro de League of Legends foi o último grande torneio presencial que a sua equipe participou deste então. Para esse campeonato, devido ao grande sucesso obtido durante a fase de classificação, a Keyd entrou como uma das principais favoritas ao título do nacional. Porém, não foi isso que aconteceu. Com uma campanha desastrosa, vocês foram eliminados ainda na fase de grupos ao serem derrotados em todos os seus confrontos Diante desse fracasso e perto de disputar mais um grande evento presencial, onde vocês brigarão novamente pela oportunidade de representar o Brasil fora do país, o que vocês pretendem fazer para que o “mal não bata novamente na porta”, tanto em preparação como também lá, na Arena X5 SBG?

Keyd Loop: Temos noção que a nossa falta de humildade nos atrapalhou na disputa do CBLoL e nos levou à falha. Porém, na WCG será diferente. Estamos realizando uma preparação mais forte e concentrada, com o intuito de evitar a mesma situação que aconteceu no passado.

Em uma entrevista exclusiva para a TEAMPLAY, o lituano Gediminas "Alunir" Navakauskis, Jungler da antiga GamingGear.eu, polemizou ao dizer que a preparação da paiN para o International Wildcard foi fraca por que a mesma não possui adversários fortes, em nosso país, para treinar. Isso é verdade? O Brasil ainda não conta com vários top teams, que possam proporcionar treinos duros? Como você vê hoje o competitivo brasileiro?

Keyd Loop: O Brasil conta com poucos top teams, porém possui sim adversários fortes. Se não houvessem adversários fortes, a campanha da paiN seria unânime e os seus resultados em treinos também, o que não é a realidade. A paiN tem dificuldade para enfrentar diversos times brasileiros, pois o cenário apresenta sim uma dificuldade.

 

Loop e seus companheiros disputando o CBLoL 2013.

Lá nos Estados Unidos, mais precisamente em Los Angeles, está sendo disputado o Season Three World Championship, o mundial da terceira temporada. O torneio já se encontra na grande final, onde SK Telecom T1, da Coréia do Sul, e Royal Club Huang Zu, da China, lutarão pelo título. Você assistiu ao torneio? Se sim, quais as conclusões você tira dele? E você acha que se a paiN, ou qualquer outra equipe brasileira que estivesse lá faria melhor do que Mineski e GamingGear, os saco de pancadas?

Keyd Loop: Estou assistindo o torneio e fiquei surpreso com diversas coisas que vi nas partidas que acompanhei. O jogo vem se mostrando mais balanceado do que nos eventos passados e as disputas muito mais acirradas do que a maioria previa. Não creio que as equipes brasileiras teriam se dado melhor naquelas situações. Os times que chegaram lá são os melhores e merecem estar lá. Portanto, creio que isso somente prove o abismo que existe entre times de fora das regiões com torneios semanais (LCS NA, EU, LPL, OGN).

Caso a sua equipe consiga se classificar para a final mundial da WCG 2013, a Keyd enfrentará equipes de todos os cantos do globo. Dando uma rápida olhada nos outros países que também estão realizando etapas classificatórias, é certo dizer que os representantes da China e da Coréia do Sul serão os principais adversários da sua equipe. Em contra-partida o campeonato contará também com a presença de equipes desconhecidas do cenário asiático e também da América do Sul/Latina. Você e seus companheiros já deram uma olhada nos países que mandarão representantes para o torneio? Se sim, para você, quais serão os principais obstáculos na jornada da Keyd até o título?

Keyd Loop: Com certeza os asiáticos serão o nosso maior desafio, especialmente os times coreanos e chineses. Porém, independente disso, acima de tudo, creio que a experiência valeria tanto quanto o valor dos jogos em si.

Recentemente, foi divulgado que a divisão de Dota2 da sua organização recebeu o tão sonhado convite para a disputa da Electronic Sports World Cup. Porém, o mesmo foi recusado por conta do alto custo da viagem para a França e também por que o CEO da Keyd disse não acreditar ainda em nosso cenário do jogo. E para a disputa da WCG? Isso já foi discutido internamente? Se vocês se classificarem, a Keyd viajará para China? Além disso, vocês pretendem realizar um bootcamp lá fora?

Keyd Loop: Nós pretendemos sim viajar para China caso nos classificarmos. Sobre o bootcamp, não tenho informações para divulgar no momento.

Em breve, teremos mais um grande torneio sendo realizado em nosso país, que contará novamente com equipes internacionais, sendo estas de outros países da América do Sul e Latina. A sua equipe foi uma das que se classificou para o Desafio Internacional. Como vocês pretendem se preparar para esse campeonato? Já pensaram em jogar nos “servidores inimigos”, tendo em vista que muitas equipes de lá treinam e jogam aqui?

Keyd Loop: Temos como parceiros de treino alguns times latinos, portanto temos um leve conhecimento do cenário que existe nessa região. Porém não pretendemos trocar o servidor para esse propósito. A preparação será, em sua maior parte, acompanhar as qualificatórias dessa região e tentar fazer o planejamento em cima disso.

Quando ainda atuava pela vTi Nox, recebendo a premiação de campeão

Apesar de nada ter sido confirmado ainda pela Riot Games Brasil, corre nos bastidores boatos a possibilidade de, no ano que vem, o Brasil ganhar a sua própria LCS. Olhando como o torneio é realizado lá fora e os benefícios que ele trás para as equipes que participam e também para o cenário, o quanto, pra você, o cenário brasileiro evoluirá com a chegada da liga profissional. E você acha que nossas equipes estão preparadas para esse compromisso?

Keyd Loop: Acredito que algumas equipes estão sim preparadas para esse desafio e compromisso. Porém são poucas, e a infraestrutura brasileira não suportaria o padrão internacional. Caso acontecesse, isso engrandeceria o nosso cenário de uma maneira extraordinária. 

Para finalizarmos, deixo esse espaço para você! 

Keyd Loop: Gostaria de agradecer, primeiramente, à Keyd e seus patrocinadores, Steelseries e BenQ, aos nossos fãs que nos deram a oportunidade de estarmos aqui, e por último, á organização da WCG, que esta nos proporcionando essa experiência e a entrevista.

Mid Laner   Guilherme "Snowlz" Neves   FACE STREAM
Top Solo   Matheus "Mylon" Borges   FACE STREAM
Jungler   Gabriel "Revolta" Henud   FACE STREAM
AD Carrier   Caio "Loop" Almeida   FACE STREAM
Reserva   Abraham "Holly" Kim   FACE STREAM
Reserva   Rafael "SoulSilver" Lanna   FACE STREAM

 

A TEAMPLAY agradece ao jogador e deseja a ele e a sua equipe boa sorte na final nacional da WCG 2013.