Pré-BGS com Dash9 Lulos

Pré-BGS com Dash9 Lulos

 

Conheça um pouco mais sobre a equipe colombiana que virá ao Brasil disputar o Desafio Intrernacional.

Começamos hoje a nossa série de entrevistas com os capitães das equipes participantes do Desafio Internacional, torneio que será realizado em São Paulo, dentro da Brasil Game Show deste ano, durante os dias 26 e 27 deste mês.

Nosso primeiro entrevistado é o jogador Jack "Lulos" Yang Huang, Capitão e Top Laner da Dash9 Gaming, equipe colombiana que venceu o classificatório norte para o Desafio Internacional e é a atual campeã da WCG Colômbia 2013.

Começaremos nosso bate-papo com o velho ritual de apresentação. Fale um pouco sobre você e sua carreira gamer.

Dash9 Lulos: Olá a todos. Me chamo Jack Yang, estudo Engenharia de Sistemas e no LoL sou conhecido como Lulos. Sou Top Solo e Capitão da Dash9 Gaming. Por conta de conflitos com alguns planos meus, não pude participar das classificatórias para a BGS e por isso não irei participar do torneio. No meu lugar jogará um de nossos reservas, Carlos "irvintaype" Taype.

Minha vida gamer começou ainda no colégio, onde joguei muito DotA de forma casual com meus amigos. Com o tempo percebi que o RTS era o tipo de jogo que mais me interessava. Cheguei a jogar também Heroes of Newerth, mas larguei-o por que fiquei bastante entediado. Daí fui para o League of Legends. A princípio tive minhas dúvidas a respeito da mecânica e do gráfico do jogo, já que não possuía semelhança alguma com os outros dois já citados. Porém, após testar o LoL um pouco mais me encantei com ele e cheguei ao level 30 em poucas semanas. Competitivamente comecei há um ano e meio, quando a divisão da Dash9 fora criada.

Dash9 Gaming faz parte de uma nova região, que ganhou recentemente seu próprio servidor. Pouco a pouco as equipes latinas ganham espaço na mídia internacional por conta da participação em importantes torneios como World Cyber Games, International Wildcard e agora o Desafio Internacional. Como você analisa o crescimento do cenário colombiano e o dos demais países que jogam no servidor norte, com a sua chegada?  E em uma perspectiva mundial você acha que estão muito atrás das grandes potências

Dash9 Lulos: Atualmente não existe muita concorrência na Colômbia e nos outros países latinos, porém estou seguro que tudo é questão de tempo para que a minha região possa crescer e alcançar as outras. Se compararmos o cenário latino-americano com o sul-coreano, chinês, europeu e o norte-americano, me parece que estamos, sim, muito atrás deles por que não desfrutamos da mesma infraestrutura e competitividade que eles dispõem. Na minha opinião o maior problema existente nos servidores LAN, LAT e brasileiro é a barreira que existe entre eles, isto é, a dificuldade que uma equipe do meu servidor encontra para treinar com uma do sul ou uma brasileira por causa da latência.

Nossa comunidade vive a expectativa de que, no ano que vem, a Riot Games crie uma LCS própria para o servidor brasileiro ou uma latina onde nossas equipes possam participar.Vocês também sonham com isso? E na sua opinião seria melhor uma liga profissional por servidor ou uma que englobe os times de todos os países latinos?

Dash9 Lulos: Claro que sim. O sonho de todos é que exista uma liga latina para os três servidores. Creio que esta ideia seria a melhor opção por que a competitividade seria muito mais alta. Porém, sendo realista, a verdade é que, quanto a parte logística e de infraestrutura, é muito mais fácil ter as ligas separadas, para cada servidor

Dash9 após vencer a WCG Colômbia

Ano passado, quando ganhamos nosso servidor as equipes brasileiras sofreram um pouco com a regularidade dos grandes torneios. Isso também acontece na sua região? Como é o panorama competitivo colombiano e latino?

Dash9 Lulos: Quando inauguraram os novos servidores da nossa região, também se notou que o nosso nível de jogo era muito mais baixo. Mas com o tempo a maioria das equipes começaram a melhorar e atualmente seguimos crescendo. Em relação aos torneios, aqui acontecia a mesma coisa até o nosso servidor ser inaugurado mas agora as coisas estão melhorando graças aos torneios organizados pela Riot, como as classificatórias do Wildcard e a do Desafio Internacional.

Como vocês sabem a Lyon Gaming, equipe mexicana que representou o cenário latino no International Wildcard, não se classificou para a BGS. Como vocês viram isso? Você crê que a experiência obtida aqui no Brasil ajudará a elevar o nível de jogo da sua região? 

Dash9 Lulos: A Lyon sofreu bastante com mudanças em sua formação antes de disputar a classificatória para a BGS mas de qualquer forma o Team ANG demonstrou que seu nível de jogo melhorou consideravelmente. Tenho essa mesma visão com todos os outros times que participaram da etapa classificatória, que o nivel de jogo no geral melhorou em comparação com a etapa do Wildcard. Qualquer torneio presencial desta magnitude é muito valioso para as equipes, em especial se essa é a primeira vez dela. A expirência que vamos obter é muito importante já que não existem muitos torneios presenciais ondas equipes possam demonstrar seu verdadeiro potencial.

Na classificatória para o Desafio Internacional o Dash9 apareceu na lista de participantes como a melhor equipe do Ranked Team do servidor norte. Além disso, a sua equipe terminou o torneio como campeã. Você acha que com esse resultado os rivais de vocês respeitaram ainda mais a Dash9?

Dash9 Lulos: Nós conseguimos colocar dois profiles nas posições mais altas do Ranked Team de nossa região, mas isso, na realidade, não significa muito. No servidor LAN não há muita concorrência no modo ranqueado e na minha opinião muitas equipes podem realizar o que fizemos. Para chegar no primeiro posto do Ranked Team ou Solo Queue, o jogador tem que jogar somente muitos jogos.

Lulos, Voyboy e Logic (ex-jogador da Dash9) no S3WC.

A lista de equipes participantes do Desafio Internacional conta com oito grandes equipes sul-americanas. Do Brasil participarão aquelas que são consideradas como as melhores de nossa região e nós receberemos quatro nomes importantes e vitoriosos do cenário latino. Para você qual as equipes poderão dificultar o sonho da Dash9 de ganhar o torneio? Como vocês estão se preparando para o torneio? Sua equipe tem treinado contra as brasileiras?

Dash9 Lulos: Na minha opinião considero que todas as equipes que irão participar da BGS possuem um nível de jogo similiar. Provavelmente o time com maior experiência em torneios internacionais é a paiN Gaming e por essa mesma razão sempre deveremos respeitá-la. Também estamos de olho no CnB do Takeshi, equipe que já enfrentamos há muito tempo, ainda no servidor norte-americano. Temos que levar em consideração também que faz muito tempo que não jogamos contra as equipes do servidor sul, gostaria de ver o nivel que estão hoje, em especial a Isurus Gaming, que anteriormente atuava como U Rage Quit. A última vez que duelamos com uma equipe brasileira foi contra a paiN, em um showmatch onde nós fomos muito mal, levando em conta que jogamos com ping 230 e eles com menos de 50.

Na Colômbia não existem equipes que pagam salário aos seus jogadores e por essa mesma razão alguns membros desses times possuem também responsabilidade com estudo e trabalho. De qualquer forma a minha equipe vem treinando muito e de forma constante. Ainda nos falta uma semana de preparação, onde iremos corrigir os problemas táticos que ainda possuímos e esperamos demonstrar o nosso melhor.

Dash9 na classificatória final para o International Wildcard

Aqui no Brasil temos o costume de pedir aos nossos entrevistas que eles façam um pequeno resumo sobre o estilo de jogo de sua equipe e companheiros. Você poderá fazer isso?

Dash9 Lulos: Nosso estilo de jogo varia bastante com as mudanças que ocorrem no jogo. Gostamos de buscar novas formas para nos adaptarmos ao metagame atual e não forçar nenhuma tática que não funcione nele. A Dash9 se distingue das outras equipes por conta das jogadas e decisões arriscadas, como fazer o Barão com 15 minutos de jogo. Também nos destacamos por utilizarmos estratégias completamente originais.

Em 2014 teremos uma nova edição da IEM São Paulo. A ESL já anunciou que o evento contará com a participação de equipes latino-americanas, europeias e norte-americanas. Vocês possuem a intenção de competir nesse torneio também? Quais são os objetivos de sua equipe para o futuro?

Dash9 Lulos: Sim, nós temos a intenção de participar das classificatórias para esse torneio e esperamos poder ganhar ela para enfrentarmos os europeus e os americanos. Nosso objetivo principal para o próximo ano é nos tornarmos a melhor equipe da América Latina e poder demonstrarmos o nível de nossa região ao enfrentarmos a galera lá de fora.

Para terminarmos nossa entrevista deixo esse espaço para você.

Dash9 Lulos: Primeiramente gostaria de agradecer a TEAMPLAY por essa entrevista. Também quero agradecer aos nossos patrocinadores Gx-Gaming, Pinvalidda, Tauret Computadores e Adata. Por último, espero que nos próximo anos a América Latina fique ainda mais unida e que possa crescer muito mais para se tornar a melhor região de todas.

Mid Laner   Santiago "Havok" Osorio   STREAM  
Top Solo   Jack "Lulos" Yang Huang   STREAM  
Jungler   Andrés "Wikko" Lagarda   STREAM  
AD Carrier   Esteban "Esteban" Matamoros   STREAM  
Suporte   Alejandro "Naka" Rodriguez   STREAM  
Reserva   Carlos "irvintaype" Taype   STREAM  

Créditos por ajuda na elaboração das perguntas - Gustavo "Melão13" Ruzza e Diego "Toboco" Pereira